sábado, 21 de julho de 2007

Top 5 Painful Moments

Estive refletindo por esses dias o quanto tenho sentido dor nos últimos tempos - e aqui faço referência à dor física mesmo. Reparei que os cinco momentos em que a dor for maior, ao longo de toda a minha vida, ocorreram nos últimos dois anos. Em março de 2006, durante uma luta-treino de judô, sofri uma torção no joelho em que a patela (antiga rótula) saiu do lugar ao estilo Ronaldo Fenômeno. Seis meses depois, enquanto ainda me recuperava, participava de um inocente jogo de basquete quando, após uma torção de tornozelo, caí para trás e quebrei os dois punhos ao tentar amortecer o impacto dos meus 90 quilos com o chão - coisa que os meus treinamentos de ukemi no judô deveriam ter me condicionado a não fazer.

Depois disso vieram as três cirurgias, a primeira nos dois braços e as demais no braço esquerdo. Agora estou passando pela fisioterapia, com boas possibilidades de recuperação (Graças a Deus).
O médico me adiantou essa semana que talvez uma quarta se faça necessária, mas isso pra daqui a um ano ou mais. Tudo vai depender de como o organismo vai responder à fisioterapia. Vamos ver.

Eis o ranking:

5º lugar: colocar no lugar os ossos quebrados do punho
Essa ficou na quinta colocação porque os punhos fraturados foram parcialmente anestesiados antes do procedimento.

4º lugar: quebrar os dois punhos
Diferente do que talvez você possa imaginar, a dor da fratura não está no topo do ranking. Foi forte, sem dúvidas, mas outras a superaram. Acredite se quiser.

3º lugar: torção no joelho
Essa, que abriu a temporada, foi de lascar. Medalha de bronze merecida.

2º lugar: despertar da anestesia DURANTE a segunda cirurgia
Na segunda posição, a mais bizarra da lista. Em todas as intervenções cirúrgicas eu recebi anestesia geral, mas somente nesta ocasião o efeito da anestesia começou a passar, gradativamente, no meio da operação. Primeiro eu comecei a ouvir os médicos conversando. Depois, a sentir as bisturizadas no braço. E a minha maior agonia era não ser capaz de avisar os médicos, não conseguia abrir os olhos, nem gemer, nem nada! Eles, sem saber do meu estado, continuavam com a sessão de tortura. A coisa toda durou intermináveis dois ou três minutos, quando por milagre eu consegui mexer um dos dedos da mão que estava sendo operada. O médico então percebeu o que se passava e pediu uma dose-reforço ao anestesista.

1º lugar: a dor pós-cirúrgica da primeira operação
Amigos, não há meios de descrever essa dor. Me lembro de quando despertei (desta vez, no final) da primeira cirurgia, tudo o que eu consegui foi olhar para o lado para algumas enfermeiras que conversavam e gemer algo como: "Meus braços estão doendo muuuito...". E não havia analgésico que desse jeito, alguns me davam sono (mas a dor não me deixava dormir), outros me faziam vomitar. Mas diminuir aquela dor terrível, nada. Alguns enfermeiros diziam que era normal, e que a pior dor pós-cirúrgica é justamente a das cirurgias ortopédicas (e eu acredito neles).